sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Cachimbo
Composição: Arnaldo Antunes
Sou a madeira que sempre fico na bera
Perfume de sarro e cera
que dança no seu beicinho
É evidente que sou preso pelos dentes
Chaminé dos inocentes
embebedo de mancinho
Sou pau de boca de saci amajistrado,
desejado e adorado,
alimentado pelo fumo
Mata cachorro bem capacho distraído
carimbado e mau vestido
que eu num sei qual e meu rumo
Sou a birita mescla de cachaça e mel,
cabeça seca pelo céu
pela chama do atrito
No meu fornilho se deita qualquer tabaco
a chupada me faz fraco
sou um verdadeiro pito
Seu pensador vê se decifra para mim
eu já passei por tanto horror
porque é que não morri?
Será que é só pra manter o combinado
que pra ter um chupador
ter que nascer um já chupado?
Tá assustado?
Tá assustado?
Tá assustado?
(Ouça esta musica clicando aqui)
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Olá Victor estive passeando pelo seu blog. Desculpe a intromissão. Mas não resisti. Andei por entre flores e espinhos, montanhas e vales, riachos e mares, trilhas e estradas....De tudo que vi ficou uma coisa pura e verdadeira como você.....
ResponderExcluir"A vida é feita de escolhas
Como no final de uma rua, você tem dois caminhos pra seguir.
Você olha pra um lado e vê um caminho cheio de pedras, e do outro lado flores.
Você não pensa duas vezes, escolhe o caminho mais fácil, ou o aparentemente mais fácil:
O caminho das flores, ai você anda e de repente descobre que no final da rua tem um precipício.
E logo fica sabendo que no final da rua das pedras escondia-se o paraíso
Voltar? Será que seria a melhor opção? Não sei.
Pra voltar você perderia seu tempo e não se esqueça: passaria pelo caminho das pedras cheio de tubulação.
Você passa a ter duas opções a serem escolhidas, voltar atrás e correr os riscos, afinal fugir dos problemas não faz com que eles sejam resolvidos;
Ou pular de cabeça do alto do precipício e rezar pra que tenha asas escondidas no fundo da alma.
Há uma terceira opção também: sentar-se à beira do precipício e ver a vida passar.
Eu tô aqui sentada.
Afinal não tive coragem de voltar e não acredito que tenho alma, quanto mais asas.
'Enquanto a vida passa eu tô aqui sentada na escada vendo o sol se pôr.' ”
(Dayane Martins)