
Composição: Arnaldo Antunes
Sou a madeira que sempre fico na bera
Perfume de sarro e cera
que dança no seu beicinho
É evidente que sou preso pelos dentes
Chaminé dos inocentes
embebedo de mancinho
Sou pau de boca de saci amajistrado,
desejado e adorado,
alimentado pelo fumo
Mata cachorro bem capacho distraído
carimbado e mau vestido
que eu num sei qual e meu rumo
Sou a birita mescla de cachaça e mel,
cabeça seca pelo céu
pela chama do atrito
No meu fornilho se deita qualquer tabaco
a chupada me faz fraco
sou um verdadeiro pito
Seu pensador vê se decifra para mim
eu já passei por tanto horror
porque é que não morri?
Será que é só pra manter o combinado
que pra ter um chupador
ter que nascer um já chupado?
Tá assustado?
Tá assustado?
Tá assustado?
(Ouça esta musica clicando aqui)
Olá Victor estive passeando pelo seu blog. Desculpe a intromissão. Mas não resisti. Andei por entre flores e espinhos, montanhas e vales, riachos e mares, trilhas e estradas....De tudo que vi ficou uma coisa pura e verdadeira como você.....
ResponderExcluir"A vida é feita de escolhas
Como no final de uma rua, você tem dois caminhos pra seguir.
Você olha pra um lado e vê um caminho cheio de pedras, e do outro lado flores.
Você não pensa duas vezes, escolhe o caminho mais fácil, ou o aparentemente mais fácil:
O caminho das flores, ai você anda e de repente descobre que no final da rua tem um precipício.
E logo fica sabendo que no final da rua das pedras escondia-se o paraíso
Voltar? Será que seria a melhor opção? Não sei.
Pra voltar você perderia seu tempo e não se esqueça: passaria pelo caminho das pedras cheio de tubulação.
Você passa a ter duas opções a serem escolhidas, voltar atrás e correr os riscos, afinal fugir dos problemas não faz com que eles sejam resolvidos;
Ou pular de cabeça do alto do precipício e rezar pra que tenha asas escondidas no fundo da alma.
Há uma terceira opção também: sentar-se à beira do precipício e ver a vida passar.
Eu tô aqui sentada.
Afinal não tive coragem de voltar e não acredito que tenho alma, quanto mais asas.
'Enquanto a vida passa eu tô aqui sentada na escada vendo o sol se pôr.' ”
(Dayane Martins)